Poemas do Seculo Xix

Vida

Vida
Sempre a indesencorajada alma do homem
resoluta indo à luta.
(Os contingentes anteriores falharam?
Pois mandaremos novos contingentes
e outros mais novos.)
Sem…

(…Continue Lendo…)

A minha vida fechou-se duas vezes antes de se fechar – Mas fica por saber Se a imortalidade me revela Um evento maior

A minha vida fechou-se duas vezes antes de se fechar –
Mas fica por saber
Se a imortalidade me revela
Um evento maior
Tão largo, tão incrível de pensar
Como estes que sob…

(…Continue Lendo…)

Escrevia-a com a pena da galhofa e atinta da melancolia,e não é dificíl antever o que poderá sair desse conúnbio.

Escrevia-a com a pena da galhofa e atinta da melancolia, e não é dificíl antever o que poderá sair desse conúnbio.
Memórias Póstumas de Brás Cubas

A canção do africano

A canção do africano
Lá na úmida senzala,
Sentado na estreita sala,
Junto ao braseiro, no chão,
Entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudad…

(…Continue Lendo…)

Ser você mesmo em um mundo que está

Ser você mesmo em um mundo que está constantemente tentando fazer de você outra coisa é a maior realização.

Dualismo Não és bom, nem és mau: és triste e humano… Vives ansiando, em maldições e preces, Como se, a arder, no coração tivesses O tumulto e o clamor de um largo oceano.

Dualismo
Não és bom, nem és mau: és triste e humano…
Vives ansiando, em maldições e preces,
Como se, a arder, no coração tivesses
O tumulto e o clamor de um largo oceano.
…

(…Continue Lendo…)

Vá frequentemente à casa de um amigo

Vá frequentemente à casa de um amigo, pois as ervas daninhas obstruem o caminho não usado.

Uma Criatura

Uma Criatura
Sei de uma criatura antiga e formidável,
Que a si mesma devora os membros e as entranhas,
Com a sofreguidão da fome insaciável.
Habita juntamente os vales e as mon…

(…Continue Lendo…)

Soneto

Soneto
Canta teu riso esplêndido sonata,
E há, no teu riso de anjos encantados,
Como que um doce tilintar de prata
E a vibração de mil cristais quebrados.
Bendito o riso …

(…Continue Lendo…)

Creio que eu poderia transformar-me e viver como os animais

Creio que eu poderia transformar-me e viver como os animais. Eles são tão calmos e donos de si! Detenho-me para contemplá-los sem parar. Não se atarantam nem se queixam da própria sorte; não passam a …

(…Continue Lendo…)

Balada do Cárcere de Reading (

Balada do Cárcere de Reading
(…)
Eu soube, então, a idéia lacerante
que o atormenta, e o faz correr,
e o faz olhar, tristonho, o céu radiante,
radiante, e alheio ao seu s…

(…Continue Lendo…)

Canção da Estrada Aberta

Canção da Estrada Aberta
Ouça-me! Eu vou ser franco com você:
Não ofereço velhos prêmios fáceis, o que ofereço são novos prêmios difíceis.
Eis como hão de ser os dias que lhe podem s…

(…Continue Lendo…)

Eu vos direi "Amei para entendê-las Pois só quem

Eu vos direi "Amei para entendê-las
Pois só quem ama pode ter ouvidos
Capaz de ouvir e entender as estrelas."

Farto de ver

Farto de ver. A visão que se reecontra em toda parte.
Farto de ter. O ruído das cidades, à noite, e ao sol, e sempre.
Farto de saber. As paradas da vida. - Ó Ruídos e Visões!
Partir…

(…Continue Lendo…)

Agonia de um filósofo

Agonia de um filósofo
Consulto o Phtah-Hotep. Leio o obsoleto
Rig-Veda. E, ante obras tais, me não consolo…
O Inconsciente me assombra e eu nêle tolo
Com a eólica fúria do harm…

(…Continue Lendo…)