Mensagens e Frases com a tag: #manoeldebarros

A poesia

A poesia! A poesia está guardada nas palavras, é tudo que eu sei.
Meu fado é não entender quase tudo; sobre o nada eu tenho profundidades. Eu não cultivo conexões com o real. Para mim poderoso n…

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Horizontes

Um fim de mar colore os horizontes!

Que o destino nos

Que o destino nos livre do mal… Do “mal” humorado, do “mal” amado e do “mau” olhado. Que assim seja!

Dou respeito às coisas desimportantes e aos seres desimportantes

Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim es…

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Tenho o privilégio de não saber quase tudo

Tenho o privilégio de não saber quase tudo. E isso explica o resto.
 

A mãe reparou que o menino gostava mais do

A mãe reparou que o menino
gostava mais do vazio
do que do cheio.
Falava que os vazios são maiores
e até infinitos.

"Os bens do poeta

"Os bens do poeta: um fazedor de inutensílios, um
travador de amanhecer, uma teologia do traste, uma
folha de assobiar, um alicate cremoso, uma escória
de brilhantes, um parafuso de …

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Aprendi que o artista não vê apenas

Aprendi que o artista não vê apenas. Ele tem visões. A visão vem acompanhada de loucuras, de coisinhas à toa, de fantasias, de peraltagens. Eu vejo pouco. Uso mais ter visões. Nas visões vêm as imagen…

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Coisa que não acaba no mundo

Coisa que não acaba no mundo é gente besta e pau seco.

Tentei descobrir na alma alguma coisa mais profunda

Tentei descobrir na alma alguma coisa mais profunda do que não saber nada sobre as coisas profundas. Consegui não descobrir.

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Aonde eu não estou as palavras me acham

Aonde eu não estou as palavras me acham.

Agora só espero a despalavra

Agora só espero a despalavra: a palavra nascida para o canto-desde os pássaros.
A palavra sem pronúncia, ágrafa.
Quero o som que ainda não deu liga.
Quero o som gotejante das violas …

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"Se eu fosse viver de poesia, estava na sarjeta. Trabalho intelectual neste país é sinônimo de vagabundagem"

"Se eu fosse viver de poesia, estava na sarjeta. Trabalho intelectual neste país é sinônimo de vagabundagem"
Manoel de Barros, poeta, advogado e fazendeiro, em 29/12/1991, em entrevista ao GLOBO

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As folhas das árvores servem para nos ensinar a cair sem alardes

As folhas das árvores servem para nos ensinar a cair sem alardes.

Poesia não é para compreender mas para incorporar Entender é parede

Poesia não é para compreender mas para incorporar Entender é parede: procure ser árvore.

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