Frases de Eduardo Galeano

A experiência do ouro perdido em Minas Gerais – 'ouro branco

"A experiência do ouro perdido em Minas Gerais – 'ouro branco, ouro negro, ouro podre', escreveu o poeta Manuel Bandeira –, como se sabe, não serviu para nada: o Brasil continua se desfazendo gratuita…

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Somos porque ganhamos

Somos porque ganhamos. Se perdemos, deixamos de ser.

Não importa de onde vim

Não importa de onde vim, mas, sim, aonde quero chegar.

A Igreja diz

A Igreja diz: o corpo é uma culpa. A Ciência diz: o corpo é uma máquina. A publicidade diz: o corpo é um negócio. E o corpo diz: eu sou uma festa.

O trabalho não vale nada

O trabalho não vale nada, não há dinheiro que chegue, se faz o dobro em troca da metade. O que produzem nossos países? Braços baratos. A realidade se torna uma piada de humor negro: “É preciso apertar…

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A memória guardará o que valer a pena

A memória guardará o que valer a pena. A memória sabe de mim mais que eu; e ela não perde o que merece ser salvo.

Em certo sentido

Em certo sentido, a direita tem razão quando se identifica com a tranquilidade e com a ordem. A ordem é a diuturna humilhação das maiorias, mas sempre é uma ordem - a tranquilidade de que a injustiça …

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Até que os leões tenham seus próprios historiadores

Até que os leões tenham seus próprios historiadores, as histórias de caçadas continuarão glorificando o caçador.

Bebeágua

Bebeágua, sacerdote dos sioux, sonhou que seres jamais vistos teciam uma enorme teia de aranha ao redor de sua aldeia. Despertou sabendo que assim seria, e disse aos seus: Quando essa estranha raça te…

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Nossa derrota esteve sempre implícita na vitória dos outros

Nossa derrota esteve sempre implícita na vitória dos outros. Nossa riqueza sempre gerou nossa pobreza por nutrir a prosperidade alheia: os impérios e seus beleguins nativos.

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A liberdade de eleições permite que você escolha

A liberdade de eleições permite que você escolha o molho com o qual será devorado.

Somos o que fazemos

Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos.

Na alquimia colonial e neocolonial o ouro se transfigura em sucata

Na alquimia colonial e neocolonial o ouro se transfigura em sucata, os alimentos em veneno.

Dos medos nascem as coragens

Dos medos nascem as coragens. Os sonhos anunciam outra realidade possível, e os delírios, outra razão. Somos o que fazemos para transformar o que somos. A identidade não é uma peça de museu, quietinha…

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Solto-me do abraço, saio às ruas. No céu, já clareando, desenha-se, finita, a lua. A lua tem duas noites de idade. Eu, uma.

Solto-me do abraço, saio às ruas. No céu, já clareando, desenha-se, finita, a lua. A lua tem duas noites de idade. Eu, uma.
(do livro em PDF: Mulheres)