Frases de Guilherme de Almeida

Na cidade

Na cidade, a lua:
a jóia branca que bóia
na lama da rua.

O ar

O ar. A folha. A fuga.
No lago, um círculo vago.
No rosto, uma ruga.

INFÂNCIA

INFÂNCIA
Um gosto de amora
comida com sol. A vida
chamava-se "Agora".

Na cidade

Na cidade, a lua: a jóia branca que bóia na lama da rua.

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Olho a noite pela vidraça

Olho a noite pela
vidraça. Um beijo, que passa
acende uma estrela.

Neblina

Neblina? ou vidraça
que o quente alento da gente,
que olha a rua, embaça?

Linhas do destino

E cruzam-se as linhas
no fino tear do destino.
Tuas mãos nas minhas.

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Perder uma amor não é tão triste como

Perder uma amor não é tão triste como pensar que havemos de perdê-lo.

NÓS DOIS

NÓS DOIS
Chão humilde. Então,
riscou-o a sombra de um vôo.
"Sou céu! " disse o chão.

Por que estás assim

Por que estás assim, violeta? Que borboleta morreu no jardim?

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E cruzam-se as linhas no fino tear do destino

E cruzam-se as linhas
no fino tear do destino.
Tuas mãos nas minhas.

Uma árvore nua aponta o céu

Uma árvore nua
aponta o céu. Numa ponta
brota um fruto. A lua?

CONSOLO

CONSOLO
A noite chorou
a bolha em que, sobre a folha,
o sol despertou.

Por que estás assim

Por que estás assim,
violeta? Que borboleta
morreu no jardim?

Jasmineiro em flor

Jasmineiro em flor.
Ciranda o luar na varanda.
Cheiro de calor.