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a felicidade é como um aguaceiro repentino

a felicidade é como um aguaceiro repentino, que desaparece sem dar tempo
a uma pessoa para abrir o guarda-chuva.

sucumbo ao abraço dos teus braços, quando acontece, nasce mais um poema de saudade…

quando se é grande de alma e coração, conquista-se a confiança até do seres mais pequeninos…

porque a saudade nunca chega a morrer, e apesar de ser grande a vontade de viver, a morte me virá buscar e a vida me há-de chorar…

porque és saudade…ergues-te contra o tempo numa harmonia longa, acreditando que a morte é teu único destino…

as nuvens percorrem o firmamento navegando nas alturas, as recordações percorrem o pensamento trazendo-lhe despertares de ternuras.

foste o poema tão dentro do meu sonho, ao despertar ainda acreditava que era absoluto nosso amor…

a melhor forma de sermos felizes é a de alegramo-nos com as coisas boas que acontecem aos outros…

Tudo tem um limite, até as lágrimas que se derramam por amor… logo a mais obscura penumbra no coração se torna claridade.

quando se abrem brechas na memória, a vida fica sem tino, estremecem os alicerces e a alma veste-se de negro…

pousei os olhos na minha mão, pedi-lhe que não desanimasse, que escrevesse em liberdade, sem amarras o que vai no coração…

há uma distância mínima entre a tristeza e a felicidade…é preciso encurtá-la e sorrir

Mesmo que trazendo no rosto um cativo sorriso, não é sinal de felicidade é tão somente o disfarce duma lágrima teimosa…

na memória palpita um mundo de lembranças, num afã a abrir-nos a porta da saudade…

no balancear dos loureiros deixei a minha infância, hoje as memórias me chegam na corrente da brisa, num murmúrio de nostalgia…