Ao soneto XXII de Mario Quintana
Ao soneto XXII de Mario Quintana
''Vontade de escrever quatorze versos…
Pobre do poeta!… É só pra disfarçar…''
Quem lhe dera os mistérios mais secretos…
Fosse assim tão singelo…
Apostasia literária
Apostasia literária
Quando o meu sangue virar gelo
E o meu coração, salpicante
For uma pedra de diamante
Terei todos os defeitos.
Nas minhas veias, como barbantes
F…
De Lúcifer à Satanás
De Lúcifer à Satanás
Se tem uma coisa que Deus detesta…
Com toda veemência possível,
É o orgulho, a soberba em rijo…
Sobretudo, de ''intelectuais patetas''.
Ora, nem os m…
Cântico de vitória
Cântico de vitória
Quando eu vencer todas as decepções,
E a minha vida for perfeita e milagrosa,
Ocorrerá no ponteiro último das horas,
Que, não mais me vestirei das ilusões…
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Eis que eu vos digo
Eis que eu vos digo
Eis que eu vos digo, amigos:
Que eu sou um ser solitário.
E a minha solidão é o perigo
Que da liberdade sai tão caro.
As palavras que eu escrevo
…
Antropomórfico
Antropomórfico
Eis que um olhar sombrio
É doce como a luz do dia,
E amarga, como a poesia
Que congela o âmago frio.
É a lágrima sem mostruário
Na ponta do fósforo é…
Liturgia poética
Liturgia poética
A paisagem do céu,
Se renova, a cada dia.
São as cores do chapéu
Da minha liturgia.
São as cores do meu véu,
Nas bodas da alegria.
É o sentid…
As minhas estações parte 1
As minhas estações parte 1
Para Natalia Taves Pires
Aurora do outono
Olha o poeta com um tom de abandono,
E outro de avanço:
O inverno está chegando!
Uma friagem c…
O segredo da vida
O segredo da vida
No pavor de todos os horizontes…
Das águas que voltam às fontes…
No envelhecer da primavera.
No passar das nuvens escuras…
Que anunciam vindouras chuvas…
Ninguém explica o amor
Ninguém explica o amor
O amor tem os seus ciclos
E os ciclos tem as suas fases
As fases tem o seu início
E o início tem a sua passagem…
A passagem tem um sentido
E …
Apoteótico
Apoteótico
Quando eu viver só de utopias
E forem elas a minha verdade,
Eu criarei a minha veracidade
E a realidade será só fantasia.
Logo, entregarei para cada dor…
…
A vértice do âmago
A vértice do âmago
A matéria-prima do teu coração…
Escoa, mortifica no sopro do ar,
E as ondas me adoçam do mar:
Acalenta-me, em pura sedução.
Depois do amor, pesa a paix…
Destino
Destino
Hoje é um dia de angústia…
De um instante de aflição.
A minha face se enrustia
E brada, em lamentação.
O sentimento que exprimo
Oh, sangue do meu sangue…
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Chamas gélidas
Chamas gélidas
No meu aniversário não teve cerimônias…
Nem cânticos, nem harpas, nem júbilos…
Não cantaram os anos do meu insepulto
Esqueleto frio, empoeirado pela insônia.
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