Frases de Camilo Castelo Branco

É na solidão que as almas doentes convalescem e se fortificam

É na solidão que as almas doentes convalescem e se fortificam.

Os dias prósperos não vêm por acaso

Os dias prósperos não vêm por acaso. Nascem de muita fadiga e muitos intervalos de desalento.

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Amante chora

A amante que chora o amante que teve, na presença do amante que se lhe oferece, quer persuadir o segundo que é arrastada ao crime pela ingratidão do primeiro.

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O basilisco do ciúme é

O basilisco do ciúme é, às vezes, o galvanismo dos corações regelados e mortos pelo tédio.

Amigo é uma palavra profanada pelo uso e barateada a cada hora

Amigo é uma palavra profanada pelo uso e barateada a cada hora, como a palavra de honra, que por aí anda desvirtualizando a honra.

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O amor é uma luz que não deixa escurecer a vida

O amor é uma luz que não deixa escurecer a vida.

O mais eficaz remédio para um cérebro convulsionado

O mais eficaz remédio para um cérebro convulsionado é a solidão.

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Todo o homem tem uma porção de inépcia

Todo o homem tem uma porção de inépcia que há-de sair em prosa ou verso, em palavras ou obras, como o carnejão de um furúnculo. Quer queira quer não, um dia a válvula salta e o pus repuxa.

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Rosa

A rosa da profunda amizade não se colhe sem ferir a mão em muitos espinhos da contradição. No abnegar é que está o vencer de muitas resistências invencíveis ao império da vontade.

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O anjo da inocência foge de certos livros

O anjo da inocência foge de certos livros, como os editores de certos autores.

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A vingança é o inverso da caridade

A vingança é o inverso da caridade.

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A escala dos sofrimentos humanos é infinita

A escala dos sofrimentos humanos é infinita.

Há um ideal comum a todos

Há um ideal comum a todos, ideal que dispensa consumo de ideias: coisa em si materialíssima, que se chama ideal em virtude de tácita convenção, feita há cinco mil anos, de nos enganarmos uns aos outro…

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Nos livros aprendi a fugir ao mal sem o experimentar

Nos livros aprendi a fugir ao mal sem o experimentar.

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As pessoas desventurosas

As pessoas desventurosas, se a desgraça lhes dá tréguas, estranham por tal forma a variante da sua sorte, que recorrem ao sobrenatural para explicá-la.

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