Frases de Vergílio Ferreira

Em política

Em política, a «honestidade» não conta nem como estratégia nem como índice para avaliação dos outros. Ser «honesto» em política actuante é ser parvo.

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(…) Da minha língua vê-se o mar.

Uma forma de o medíocre convencido imitar a

Uma forma de o medíocre convencido imitar a grandeza é não dizer mal de ninguém.

Perante quem é que somos homens

Perante quem é que somos homens? É uma pergunta simples. Mas ela revoluciona toda a história da humanidade. Experimenta fazê-la. Experimenta pensá-la.

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Atenção

Atenção. Já o devo ter dito, mas não há mal em repetir: O «estilo» não é da ordem do enfeite mas da operacionalidade.

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Pensar

Pensar. E se o pensar fosse uma doença, mesmo que dela resulte uma pérola?

O vocabulário do amor é restrito e repetitivo

O vocabulário do amor é restrito e repetitivo, porque a sua melhor expressão é o silêncio. Mas é deste silêncio que nasce todo o vocabulário do mundo.

O que o moralista mais odeia nos pecados

O que o moralista mais odeia nos pecados dos outros é a suspeita acusação de covardia por não ter coragem de os cometer.

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Nenhum vício se pode combater pelos malefícios que traz

Nenhum vício se pode combater pelos malefícios que traz, mas sim, por não ser aceitável para a opinião que dele têm os outros. Se queres combater o tabaco, não digas que faz mal. Diz apenas que parece…

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Forma de esconjuro

A piedade pelos doentes ou pelos mortos é uma forma de esconjuro: a paga ao destino para nos não atingir.

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Para que percorres inutilmente o céu inteiro à procura da tua estrela

Para que percorres inutilmente o céu inteiro à procura da tua estrela? Põe-na lá.

Quanto mais alto se sobe

Quanto mais alto se sobe, mais longe é o horizonte.

No amor

No amor, nunca os pratos da balança estão equilibrados. E como a essência do amor é etérea, quem pesa mais é quem ama menos.

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O que numa obra lê a sua época

O que numa obra lê a sua época, nem sempre é o que lêem as épocas que se seguem. Daí que uma obra célebre á nascença não se saiba o que virá a ser depois.

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A morte nunca se aprende

A morte nunca se aprende, mas pode-se saber-se de cor. As guerras sabem-no. E as epidemias. E um simples agente funerário.