Frases de Padre Antônio Vieira

A esperança promete bens

A esperança promete bens, o temor ameaça males, e entre promessas e ameaças tanto vem a se padecer o que se espera, como o que se teme.

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O primeiro efeito

O primeiro efeito, ou consequência, da necessidade é o desprezo da honra; o segundo, a destruição da virtude.

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Prudência é o saber acomodar

Prudência é o saber acomodar, para melhor luzir e viver.

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A ausência é o remédio do amor

A ausência é o remédio do amor.

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O livro visto por fora

O livro visto por fora, não mostra nada; por dentro está cheio de mistérios.

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Tanto depende o que se diz da autoridade de quem o diz

Tanto depende o que se diz da autoridade de quem o diz.

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A admiração é filha da ignorância

A admiração é filha da ignorância, porque ninguém se admira senão das coisas que ignora, principalmente se são grandes; e mãe da ciência, porque admirados os homens das coisas que ignoram, inquirem e …

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O bem ou é presente

O bem ou é presente, ou passado, ou futuro: se é presente, causa gosto; se é passado, causa saudade; se é futuro, causa desejo.

Não há coisa boa sem contradição

Não há coisa boa sem contradição, nem grande sem inveja.

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A cegueira que cega cerrando os olhos

A cegueira que cega cerrando os olhos, não é a maior cegueira; a que cega deixando os olhos abertos, essa é a mais cega de todas.

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Não há coisa que mais sintam os pais

Não há coisa que mais sintam os pais do que os castigos e penas dos filhos e descendentes.

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Ora vede

Ora vede: Definindo S. Bernardo o amor fino, diz assim: Amor non quaerit causam, nec fructum: "O amor fino não busca causa nem fruto". Se amo, porque me amam, tem o amor causa; se amo, para que me ame…

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Não depende a grandeza

Não depende a grandeza, para a ruína, mais que de si mesma.

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Tem o interesse olhos de multiplicar

Tem o interesse olhos de multiplicar, ou as dignidades a que anela, ou as riquezas a que aspira, parecendo-lhe sempre mais do que são, porque estão inficcionados com o achaque da cobiça.

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Fiar-se só de si

Fiar-se só de si, e aconselhar-se só consigo, tem o perigo do amor-próprio; fiar-se só de outro, e aconselhar-se só com outro, tem o risco do interesse alheio.

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