
Crianças…
Crianças…
Mãe!
O mano disse
Que Deus não teve mãe!

Pastagem?
Pastagem?
Eletrocardiograma:
Não, não deu um infarto!
Mandei a morte comer grama.

Olhando Filhos…
Olhando Filhos…
Queria ser criança.
E, de novo, inocentar-me…
Sem mundo nos ombros…

Guarida.
Guarida.
Nos dias nublados,
Vou bater à sua porta,
Buscando guarda-chuva.

Que Cimento?
Que Cimento?
Filhos, crescendo.
Apertando as mãozinhas,
Eu, não querendo…

Entalado ou Enlutado?
Entalado ou Enlutado?
Até quando viverei
Sem falar que
Não vivo sem você?

Botoxismo…
Botoxismo…
Face marmórea.
Sem mácula, mas fria.
Prefiro as rugas…

Porta Aberta?
Porta Aberta?
Tudo passará.
Eu, passarinho?
Passa! Passa!

Meu Filho…
Meu Filho…
Pureza, eterna.
Na vida terrena,
És a esperança…

Monitor Cardíaco?
Monitor Cardíaco?
Odeio linha reta.
Creio que Deus
Escreve torto.

Matéria de Hoje?
Matéria de Hoje?
Ok, dinheiro…
Mas a felicidade
É algo imaterial.

Bem devagar…
Bem devagar…
Sol da tarde falecendo,
Esperando a lua chegar,
Sob os olhares de Dalva.