DEFINIR PRIORIDADES
DEFINIR PRIORIDADES
Não há partido político ou administrador público que negue em discurso a educação como prioridade para o desenvolvimento da cidadania.
Mas, na prática, vemos medidas tomadas apenas para visibilidade, como inaugurar prédios e promover foguetórios.
Prédios - mesmo que sejam palácios - não resolvem a relação entre mestres e aprendizes.
Como processo, a educação requer continuidade.
E há muito que continuar fazendo pela educação.
A começar por eleger o essencial.
O governo Fernando Henrique Cardoso criou o Fundef para universalizar o acesso ao ensino fundamental.
E conseguiu avanço gigantesco: das crianças de 7 a 14 anos que freqüentavam a escola, passamos de 88% em 1994 para 97% em 2004.
O segundo desafio era a qualidade.
Para aferir a qualidade do ensino, criou mecanismos de avaliação.
O Sistema de Avaliação do Ensino Básico (Saeb), o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e o Provão, para o ensino superior, são instrumentos que permitem diagnóstico válido para o conhecimento e a ação, e para alocação de recursos em programas certos, nos lugares certos.
Mudar esses instrumentos fará com que se perca o histórico e tudo terá de ser recomeçado do zero.
Pergunta-se qual a prioridade do governo Lula em termos educacionais.
O ensino fundamental? O médio? O superior? A creche? A alfabetização de adultos? Não há recursos para tudo, por isso é preciso escolher.
O que não significa optar apenas por um recorte do processo e abandonar os outros, mas separar o que é prioridade do que é importante, envidando mais esforços na prioridade.
Atualmente, dos R$ 22,8 bilhões de recursos do Fundef, menos de 2% vêm da União.
A grande parcela do recurso federal sustenta universidades.
Debate-se a elaboração do Fundeb, que pode ser uma evolução do financiamento da educação ou um grande perigo.
O Fundeb dará certo se houver significativo aporte de recursos do governo federal e se forem bem engendrados mecanismos de arrecadação e distribuição.
É preciso eleger prioridades! O Brasil pode tomar como exemplo a Coréia do Sul, que elevou para 95% o percentual de cidadãos com idade entre 25 e 34 anos que contam com o ensino médio completo, graças ao investimento de 7,1% do PIB no ano 2000, mais que os EUA, que no mesmo ano investiram 7,% do PIB - a média mundial é de 5,9%, e a do Brasil de 4,2%.
O resultado sul-coreano levou uma geração para ser alcançado, e vem sendo aplaudido como exemplo de política pública.
Em São Paulo, vencemos a batalha da quantidade: o ensino fundamental está universalizado.
Para vencer a batalha da qualidade, o governo de São Paulo investe, por ano, R$ 100 milhões em formação de professores e equipamentos.
No início de 2005, 100% das escolas terão laboratório de informática.
E todas as escolas já estão abertas nos fins de semana.
São Paulo tem evasão escolar da 1 à 4 série de apenas 1%.
Quando a escola é acolhedora, os alunos não a abandonam.
Os indicadores nacionais vêm mostrando governadores e prefeitos comprometidos com a educação, caminhando na direção da gestão para a qualidade.
Que os novos prefeitos eleitos saibam investir recursos no que é essencial e não queiram apenas destruir o que construíram os antecessores.
A bandeira da educação deve tremular acima das bandeiras partidárias.
Publicado no Jornal O Globo
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