O Poeta da Roça
O Poeta da Roça
Sou fio das mata, cantô da mão grosa
Trabaio na roça, de inverno e de estio
A minha chupana é tapada de barro
Só fumo cigarro de paia de mio
Sou poeta das brenha, não faço o papé
De argum menestrê, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola
Cantando, pachola, à percura de amô
Não tenho sabença, pois nunca estudei
Apenas eu seio o meu nome assiná
Meu pai, coitadinho! vivia sem cobre
E o fio do pobre não pode estudá
Meu verso rastero, singelo e sem graça
Não entra na praça, no rico salão
Meu verso só entra no campo da roça e dos eito
E às vezes, recordando feliz mocidade
Canto uma sodade que mora em meu peito
Mensagens Relacionadas
A Formiga, mais ou menos uns dez Pingos d'água e Eu
A Formiga, mais ou menos uns dez Pingos d'água e Eu
Num dia desses…
De previsão do tempo em desacordo
e céu azul e nuvens brancas,
dando formato a imagens de sonhos
e sol…
Dominguinhos
Dominguinhos
Alberto Duarte Bezerra
Tu era da roça,
Nem sei se estudou,
Mas pro povo vivente,
Como cantou!
Teu sorrir espantava,
O desalento, a amargura,
(…Continue Lendo…)
Lá na roça…
Lá na roça…
Vida que foge pelos poros
Pelas boas e desentendidas ideias
Vezes confusas, outras satisfeitas
Como um trem que erra de linha
Me tocam pensamentos férreos
(…Continue Lendo…)
onde termina o poema onde um ponto de suspensão
onde termina o poema onde
um ponto de suspensão apenas
o poema não termina quando
a linha roça a beira do papel
tampouco a língua roça
aquilo que ela alcança
para a…
PASSEIO NO TEU MAPA
PASSEIO NO TEU MAPA
Eu gosto quando o meu corpo roça o teu
Corpo é um fio tenso exposto o cobre.
Tão bom as temperaturas repousadas
Que queima e se presente
Quando vem o …