E se um dia hei-de ser pó
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder… pra me encontrar…
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É só teu o meu livro
"É só teu o meu livro; guarda-o bem;
Nele floresce o nosso casto amor
Nascido nesse dia em que o destino
Uniu o teu olhar à minha dor."
Fecha os teus olhos bem
Fecha os teus olhos bem! Não vejas nada!
Empalidece mais! E, resignada,
Prende os teus braços a uma cruz maior!
E ser
- E ser, depois de vir do coração,
O pó, o nada, o sonho dum momento
A fantástica e estranha rapariga Que um dia ficou
A fantástica e estranha rapariga
Que um dia ficou presa nos teus braços…
Sempre da vida- o mesmo estranho mal
Sempre da vida- o mesmo estranho mal,
E o coração- a mesma chaga aberta!