Frases de Pablo Neruda

Esperemos

Esperemos
Há outros dias que não têm chegado ainda,
que estão fazendo-se
como o pão ou as cadeiras ou o produto
das farmácias ou das oficinas
- há fábricas de dias que vi…

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Não há nada que esteja só

Não há nada que esteja só. Nada pode estar em completa solidão: o que existe necessita de outro para ser.

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Para o meu coração basta o teu peito, para a tua liberdade as minhas asas. Da minha boca chegará até ao céu o que dormia sobre a tua alma.

Para o meu coração basta o teu peito,
para a tua liberdade as minhas asas.
Da minha boca chegará até ao céu
o que dormia sobre a tua alma.
Acolhedora como um velho caminho.
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Refúgio

Refugiei-me na poesia com ferocidade de tímido…

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Sofre mais o que espera sempre que aquele

Sofre mais o que espera sempre que aquele que nunca esperou ninguém?

Não quero dormir sem teus olhos

Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser… sem que me olhes.

Dois amantes felizes não têm fim nem morte

Dois amantes felizes não têm fim nem morte, nascem e morrem tantas vezes enquanto vivem, são eternos como é a natureza.

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Quem saiu a viver por mim quando eu dormia ou enfermava

Quem saiu a viver por mim
quando eu dormia ou enfermava?

A poesia tem comunicação secreta com os sofrimentos do homem

A poesia tem comunicação secreta com os sofrimentos do homem.

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Se cada dia cai Se cada dia cai

Se cada dia cai Se cada dia cai, dentro de cada noite, há um poço onde a claridade está presa. há que sentar-se na beira do poço da sombra e pescar luz caída com paciência.

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Em minha casa reuni brinquedos pequenos e grandes

Em minha casa reuni brinquedos pequenos e grandes, sem os quais não poderia viver. O menino que não brinca não é menino, mas o homem que não brinca perdeu para sempre o menino que vivia nele e que lhe…

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Outra vez

“E a minha voz nascerá de novo, talvez noutro tempo sem dores, e nas alturas arderá de novo o meu coração ardente e estrelado”

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Esqueçamos com generosidade aqueles que não nos podem amar

Esqueçamos com generosidade aqueles que não nos podem amar.

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XVII

XVII
I do not love you as if you were salt-rose, or topaz,
or the arrow of carnations the fire shoots off.
I love you as certain dark things are to be loved,
in secret, between…

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E entre as nossas cidades separadas as noites

E entre as nossas cidades separadas
as noites, uma a uma,
se juntam à noite que nos une.