DESPREZO (soneto)
DESPREZO (soneto)
Quão dor eu sinto, pelo desprezo
onde espera palavras num abraço
olhar no olhar enleado por um laço
e por vezes se tem o pesar aceso
Procuro então respi…
NADA SERÁ…
NADA SERÁ…
Se a vida for um vazio,
um vazio de vida será…
Se o gesto for sem brio,
hostil o gesto será…
Se o ter lhe for tardio,
o possível não lhe será…
Se o…

Domingo é deserto
Domingo é deserto, dia de graças
Isolado transeunte que passa
Dia que o bêbado e notada na praça…
Sozinho sim, solitário não
Sozinho sim, solitário não
Ausência no amor
Escassez no sentir
Verso pleno de dor
Exiguidade no sorrir
Pouquidade no olhar
Privação no coração
Falta no se doa…
SONETO DA ILUSÃO
SONETO DA ILUSÃO
Essa ilusão, moteja, e assim guedelha
Que a má sorte do fado se assemelha
Quanta vez procurava a minha desdita
Se fazendo doce, quando era maldita
Essa i…
Ponto
Ponto
No caminho pedras e trilho
Guiando no carril de ferro
Os fados de um andarilho
Entre planícies e cerro
Num misto de estampilho
De silêncio e de berro
De…
De partida
De partida!
Pois quem vai volta
Volta na saudade,
de ida e vinda
Embora seja outra rota
Várias até que se finda
Então,
que venha outra cota
E também ou…
SONETO BREVE
SONETO BREVE
Curto é o caminho que termina a vida
E nele: por do sol, luares, risos e dores
Pra no final mancheia de terra e flores
E se deixar saudade lágrima na partida
…

O amor tem vária faceta Ao fraco, é assustador No caminho, diversa seta Ao apaixonado, factível amor
O amor tem vária faceta
Ao fraco, é assustador
No caminho, diversa seta
Ao apaixonado, factível amor
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, agosto
Cerrado goiano
O cerrado é um gole d'água na secura Amargo
O cerrado é um gole d'água na secura
Amargo, após saciado, vê-se o cerrado
Em sua candura árida, em sua ventura
Melancolicamente torto e cascalhado
Horizonte do por do sol que …

O afeto para ser encantador Tem que ter toada
O afeto para ser encantador
Tem que ter toada de amor
Tem que ter ritmo no coração
E na melodia versos de emoção…

O carreiro segui, aqui eu vou permanecer lamuriando a solidão na saudade sediada na alma, qual carro de bois, no seu gemer
O carreiro segui, aqui eu vou permanecer
lamuriando a solidão na saudade sediada
na alma, qual carro de bois, no seu gemer
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Amor pra vida inteira
Amor pra vida inteira
Eu quero um amor
De galanteios, de flor
Que fale ao coração
Sem pudor, com emoção
Aquele amor que ama
Que a alma clama
Cheio de meiguice…