Uma vez atei lençóis ferrugentos aos membros lisos da claridade daquele
Uma vez
atei lençóis ferrugentos
aos membros lisos
da claridade daquele céu tatuado,
como deslizava lasso ao longo
da corrente sanguínea
de um qualquer envenenament…
Num só gesto de gesso desordenado
Num só gesto de gesso desordenado, tombo para a
negra chuva triunfal! Ela guarda-me em seu bolso de
adobe arminho. mansíssimo viro-me escancarado,
pisando grainhas das serranias que …
Essa macia tarde deveria ser movida para trás evitando
Essa macia tarde deveria ser movida para trás
evitando que um nicho de archotes me destapasse o
meu cru estômago desobstruindo imbativelmente
crateras servidas em divisíveis taças qu…
Nem sequer me ocorre a ideia de cerrar os olhos e não rodopiar veemente com a INFELICIDADE
Nem
sequer
me
ocorre
a
ideia
de
cerrar
os
olhos
e
não
rodopiar
veemente
com
a
INFELICIDADE.
Talvez…
A loucura é tão inexpugnável o quanto lhe
A loucura é tão inexpugnável o quanto lhe depositamos de
delírio e da clareza ante o preconceito renascer insana.
Existem loucuras na introspecção doutras loucuras!
As pessoas imagi…

Fiz do Amor um gatilho em broquel ensopado Fiz
Fiz do Amor um gatilho em broquel ensopado
Fiz do Amor um vulcão de rosas arrebanhadas
Fiz do Amor uma náusea de escunas
Fiz do Amor uma música de espumas

trouxe-te comigo na lembrança que tenho sempre por abrir
trouxe-te comigo
na lembrança
que tenho sempre
por abrir

Cada vez que o rouxinol-Paul
Cada vez que o rouxinol-Paul, a coruja-verlaine
me apelidam de anjo-Arthur, demónio-rimbaud
escondo-me na toca do bosque verde e ouço a
natureza a comover-me!

Pus-me em cima duma coagulada faca p’la ideia
Pus-me em cima duma coagulada faca p’la ideia de
colher a verdade p’ra lá da aberta janela em que
a voragem colhe comigo os mimos dum fatal paraíso
tropical.

quanto menos sangrar da metal matéria mais intervalos componho
quanto menos sangrar da metal matéria mais
intervalos componho nas constelações com a etérea
maneira felicitar.
Foste abatida por flocos de perfume branco porque te
Foste abatida por flocos de perfume branco porque
te deixaste ir à deriva das rupturas combatidas p’los lábios
de granizo no franzido céu. Não tive outra chance senão
aprender com to…

O vale sacode nuvens ao sol de teus
O vale sacode nuvens ao sol de teus olhos
A floresta deflagra exibidas criaturas
O pasto afia lápis nos felpudos repolhos
As corolas sábias fazem-se linguarudas
SORRIO no momento em que o sol-pôr cantante
SORRIO no momento em que o sol-pôr cantante se encarcera
nos musicais tendões dum qualquer alçapão,
esprema profusamente chacais sobre vedação fractal,
e atravesso dulcíssima brisa n…
Ontem estava um sol de partir o cérebro
Ontem estava um sol
de partir o cérebro,
desassombradamente
tive tempo de brincar ardido
numa casca de noz
d’um tal decotado vento…
rompi-me encantado, descalço
(…Continue Lendo…)
Toco na harmonia do suspenso caminho sei-me lamento pasmo rolado em erupção paralisante.
Toco na harmonia do suspenso caminho
sei-me lamento pasmo rolado
em erupção paralisante.
Um passageiro muito só
que cai, desequilibra-se
no esquecimento indiferente.
(…Continue Lendo…)