Em cada ser semeaste um pouco da ternura de que és feita
…Em cada ser semeaste
um pouco da ternura de que és feita,
e ante ti
somos apenas filhos,
e irmãos uns dos outros,
ó ser múltiplo,
imenso como toda a terra,
v…
Do livro VERDE VIDA (1976)
Do livro VERDE VIDA (1976)
Verde Vida
Ver a vida (verde)
Ver (ferida) a vida
ferida ver a vida (ferida)
ferida de verde ver a vida
Verde e Viva ver a vida."
Do livro DE ADEUS E BORBOLETAS (1985)
Do livro DE ADEUS E BORBOLETAS (1985)
…Em vão colher o tempo na semeadura:
sou chão de lavas não de florescer.
Inútil a primavera no teu rosto
inútil o gesto de reter as borbol…
Às vezes tenho saudades de mim e me
…Às vezes tenho saudades de mim e me recrio
nas minhas constantes mutações; ontem fui flor e amarela.
Mas agora me chegam estes ares de vésperas
este desejo de adormecer
esta v…
E assim somos amor e somos ódio paixão e tédio
…E assim somos amor e
somos ódio
paixão e tédio,ciúme
riso e dor
que as vestes da alegria e da tristeza
se alternam ao sabor das circunstâncias
e enquanto a vida se…
Do livro PARTITURA SEM SOM (1983)
Do livro PARTITURA SEM SOM (1983)
Tenho medo: inauguro o desconhecido
Se não me conheço
não me explico…"
Não me perguntes (eu não saberia)
Não me perguntes
(eu não saberia)
sei apenas que componho estas paisagens
e sou um nome em trânsito."
Poema em Solidão nº7
Poema em Solidão nº7
Agora longe (agora perto)
Somos
em solidão.
…
Agora sós / agora ilhados
em nós mesmos debruçados,
nos perguntamos sobre nossos sonhos
(…Continue Lendo…)
As palavras compõem a paixão que inexiste enquanto A boca
…As palavras compõem a paixão que inexiste
enquanto
A boca cala o amor que acontece.
O afago embriona na mão que descansa indiferente
e de repente se ergue
e escreve teu …
Aqui estou. Digo meu nome me espanto da moldura no meu rosto me coloco na vida e não me sei…
Aqui estou.
Digo meu nome
me espanto da moldura no meu rosto
me coloco na vida
e não me sei…
…Aqui estou.
Compondo os dias e
esse espelho que me olha triste.<…
Mas
…Mas, secretamente sabemos
que retornaremos à paisagem primitiva,
onde a certeza será uma âncora
para o espírito disperso nas mutações.
Na paisagem primeira a nós encontraremo…
E restamos nós e a nossa verdade, de repente estranha e real como um fruto maduro em nossas mãos.
E restamos nós
e a nossa verdade,
de repente estranha
e real como um fruto maduro em nossas mãos.
E restamos nós os sobreviventes,
açoitados pelo vento da vida.
(…
Poema em Solidão nº5
Poema em Solidão nº5
SOU
e a tua angústia me pressente
e a meus olhos tristes abertos para a vida.
Tua busca
rompe a solidão em que me envolvo
e me revela ao teu ol…
Resisto nos andaimes de mim sustento-me na arquitetura dos meus ossos
Resisto nos andaimes de mim
sustento-me
na arquitetura dos meus ossos.
Há uma força que me impele / me repulsa
e me faz temer que
- morrerei sem dizer a palavra que quero…"
Venho como o fim das coisas os últimos acontecimentos.
Venho
como o fim das coisas
os últimos acontecimentos.
Meu signo é o
do desespero e
só há uma face
- e é amarga.
No entanto
sou como as coisas
nas…