Tinha o meu joelho entre as suas pernas amortecidas
Tinha o meu joelho entre as suas pernas amortecidas, e sentia o respirar molhado que se lhe desprendia do corpo; um calor húmido, escorregadio; um cheiro de saliva derramada, de sémen, suor, água de mel do seu charco íntimo.
Havia cabelos colados na almofada, lençóis enrugados, ternura despida, roupa perdida entre corpos que se tinham raptado, rasgado, amado.
Eu tinha ainda na pele os trilhos rubros dos seus dedos, das suas unhas, e na boca a luz da pele quando mordida.
Fiquei assim uma eternidade, entorpecido, sentindo o seu corpo colado no meu, o seu dormir de mulher moída.
A luz da janela subia como um manto pela cama - agora silenciosa, serena como um descampado depois da batalha.
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