Já me matei faz muito tempo Me matei quando o tempo era escasso E o que havia entre o tempo e o espaço Era o de sempre Nunca mesmo o sempre passo
Já me matei faz muito tempo
Me matei quando o tempo era escasso
E o que havia entre o tempo e o espaço
Era o de sempre
Nunca mesmo o sempre passo
Morrer faz bem á vista e ao baço
Melhora o ritmo do pulso
E clareia a alma
Morrer de vez em quando
É a única coisa que me acalma
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ainda ontem convidei um amigo para ficar em silencio comigo
ainda ontem
convidei um amigo
para ficar em silencio
comigo
ele veio
meio a esmo
praticamente não disse nada
e ficou por isso mesmo
Depois de hoje a vida não vai mais ser
Depois de hoje
a vida não vai mais ser a mesma
a menos que eu insista em me enganar
aliás
depois de ontem
também foi assim
anteontem
antes
amanhã
Quem nunca viu que a flor
Quem nunca viu
que a flor, a faca e a fera
tanto fez como tanto faz,
e a forte flor que a faca faz
na fraca carne,
um pouco menos, um pouco mais,
quem nunca viu
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Muito romântico Meu ponto pacífico Fica no atlântico
Muito romântico
Meu ponto pacífico
Fica no atlântico