Ai que suadade daquele lugar plano

Ai que suadade daquele lugar plano, de céu azul anil.
Um lugar cheio de vida, de prazer, de belezas naturais e inventadas pelo homem.
Uma cidade planejada, arquitetada, organizada.
Tudo tem o seu lugar.
Tudo está lá, é só procurar.
Você não se perde.
Lá você se encontra, nos encontra, se encanta…
Lá tem um pouco de tudo, de cada canto, de cada lugar.
Lá tem todas as cores: o branco, o preto, o amarelo.
Lá tem várias idéias, vários planos.
Aliás, tudo lá é plano.
Lá você pode expor, se expor, gritar, protestar, se rebelar, lutar e enfrentar os corruptos que estão lá.
E infelizmente esse é o único detalhe negativo que não gostaria de acrescentar.
Mas, lá é tudo de bom.
Qualquer canto vira palco, vira mesa, vira ponto de encontro e diversão, disseminação para novas idéias, novas polêmicas, novas propostas, novas revoltas, novos protestos e revoluções.
Lá tem um pouquinho que é meu, que é seu e que é nosso.
Lá existe tudo pra você que deseja tudo, é só se esforçar.
Lá, se chove, se faz calor, se faz frio ou não, não interessa, pois a gente não se estressa.
Lá que é o meu lugar.
Por infortuito do destino fugi desse encanto, em prantos e repleto de desejo pra regressar.
Aquele cerrado, aquela plenitude plana.
Deitar na relva do Congresso Nacional e só adimirar a beleza do céu pintado de anil e nuvens brancas.
Lá que é o meu lugar.
Lá eu deixei amores, amigos, família.
É pra lá que eu devo voltar.
Meu canto, minha cidade, meu encanto que não tem esquinas, as ruas não te nome e nem sobrenome.
Pois cada espaço é meu, seu e é nosso.
Que delícia de lugar é Brasília.