Amo-te como se amam certas coisas obscuras

Nós

Nós, os que perecemos, tocamos os metais, o vento, as margens do oceano, as pedras, sabendo que seguirão imóveis ou ardentes, e eu fui descobrindo, dando nome às coisas: foi meu destino amar e despedir-me.

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Se nada nos salva da morte

Se nada nos salva da morte, pelo menos que o amor nos salve da vida.

Eu amo seus pés

Eu amo seus pés, porque eles caminharam sobre a terra, o vento e a água, até que me encontraram

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Sobre meu coração chovem frias corolas

Sobre meu coração chovem frias corolas. Oh porão de escombros, feroz caverna de náufragos!

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Nós

Nós, os de então, já não somos os mesmos.

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Só com uma ardente paciência conquistaremos a esplêndida

Só com uma ardente paciência conquistaremos a esplêndida cidade que dará luz, justiça e dignidade a todos os homens. Assim a poesia não terá cantado em vão.

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