Toda a poesia reflete o que a alma não tem

E nós não nos peruntávamos para que era aquilo

E nós não nos peruntávamos para que era aquilo, porque gozávamos o saber que aquilo não era para nada.

A timidez é o mais vulgar de todos os fenômenos

A timidez é o mais vulgar de todos os fenômenos. O que há de mais vulgar em todos nós é termos medo de sermos ridículos…

Tudo é ousado para quem a nada se atreve

Tudo é ousado para quem a nada se atreve.

Que sonhos

Que sonhos?… Eu não sei se sonhei…Que naus partiram, para onde?
Tive essa impressão sem nexo porque no quadro fronteiro
Naus partem - naus não, barcos, mas as naus estão em mim

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Os meus sonhos são um refúgio estúpido

Os meus sonhos são um refúgio estúpido, como um guarda chuva contra um raio. Sou tão inerte, tão pobrezinho, tão falho de gestos e atos. Por mais que por mim me embrenhe, todos os atalhos do meu sonho…

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Abrem mãos brancas janelas secretas E há ramos de

Abrem mãos brancas janelas secretas
E há ramos de violetas caindo
De haver uma noite de Primavera lá fora
Sobre o eu estar de olhos fechados…