O texto é de 2008 e sei que é grande

O texto é de 2008 e sei que é grande, mas está aí pra você me conhecer melhor! :)
Eu era sem remendos, sem 'stents' e sem muitas outras coisas que hoje, fazem partem de mim e me completam…
Preciso, por mim e pelos meus amados, publicá-lo, anualmente, porque assim, tristemente, continuo pensando e porque nada muda e só piora.
Sei que, por aqui, as pessoas não gostam muito de leitura e outras reclamam e passam batidas naquilo que de sério se expõe… Mas tem outras, que me acompanham e sabem da importância da reflexão e como tudo é sempre tão igual! Triste assim…
Perdoem, mas minha alma pede e meu coração sente que é preciso!
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EDITORIAL DE ANO NOVO (NOVAMENTE… SERÁ?)
Cheguei no final do Ano… Ao último dia do ano de 2017! A sensação de algo faltando continua incomodando.
A certeza de que alguma coisa não foi feita está, ainda, gerando esse desconforto.
A preocupação com esse vazio que, na minha opinião ainda bem que continua existindo, apesar de sempre me deixar meio que morna para a ocasião, tirou muito do brilho do meu Natal e deixando a sensação de que sempre tentei me enganar com a afirmação de que o Ano Novo chega trazendo a chamada renovação!
Novo mesmo continua sendo só o calendário! Pena! Somos seres de boa vontade! Que boa vontade? Sinto cada vez mais o individualismo, vejo a solidão aumentando, a fome ainda matando, guerras em nome do fanatismo continuando, pessoas cada vez mais se drogando, percebo a maldade crescendo e a indiferença dominando, sobretudo, um medo absurdo e gigantesco de ajudar o próximo! 'Poderei ser uma vítima', pensamos!
Continuo percebendo olhares cada vez mais tristes e totalmente sem esperanças; a inveja e o poder tomando conta daqueles que só querem sugar; vejo irmãos brigando e separando dando chance pro rancor, pro orgulho nefasto, pra dissoluções de laços, decepções fortes e doídas na descoberta que foram falsas as declarações de amor… Desejos, morrendo!
Sinto, talvez devido a força do apelo de amor da época, uma carência de fé e de perdão e com certeza, total ausência de amor.
Sinto uma forte acomodação (virou palavra-chave porque é bem mais fácil do que ir à luta) e a triste sensação do 'vamos cultuar e fortalecer o velho hábito…' Novamente, digo, que pena! Vou deixar isso com o Ano Velho? Utopia!
Ano Novo chega mas as velhas atitudes não se renovam e tampouco se desgastam! Certeza mesmo só tenho do meu direito de gritar, berrar até mesmo de fugir desse deserto através das minhas letrinhas, do meu poetar! Amar, incondicionalmente minha familia que Deus me deu a gloriosa chance de formar ao lado de um homem puro de coração e forte no caráter! Tentar ser melhor..
Tentar plantar algumas flores para ver se o perfume chega até aos corações mais duros, as almas menos sensíveis!
Festa? Não temos vontade.
Cansamos desses enganos caros com brindes e purpurinas..
brilhos roubados com sombras de dor de outros seres enganados…com foguinhos para iludir e desnortear, momentaneamente, a realidade em que vivemos!
Não pense que sou pessimista .
Não pense que perdi a esperança na vida e nas pessoas… Nem pensar! Não! Estou, apenas, neste momento, com uma visão humana mais apurada e, também, querendo encarar de frente o que está ao meu redor! Estou com os pés firmes na realidade.
Estou ouvindo a voz do meu coração!
Talvez seja a hora.
A madrugada sempre me deixa mais transparente, mais vulnerável ; tira de mim o escudo invisível que carrego para a luta diária!
Não quero e nem estou pretendendo jogar água fria na fogueira de ninguém! Só estou pensando nos irmãos desafortunados e naqueles que me fazem falta e que faziam diferença na minha vida! Muita diferença… Alguns Deus chamou e doeu muito… Outros, apenas perdi… É, a gente perde pessoas pois se descobre que nunca as teve do jeito que você sentia e imaginava… Era festa com brilho falso, confetes demais!
Estou olhando e pensando, perigosamente, diga-se de passagem, através da minha janela aberta! Apenas, estou num momento reflexivo e sem vontade de cantar Adeus Ano Velho, Feliz Ano Novo!
Queria muito acreditar, ter a certeza de que a dor e o desamor passariam, que são velhos também, mas está tudo, ainda, sempre e muito igual!
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SoninhaBB
(inspirada na despedida de 2008)