SAUDADE
SAUDADE
Dentro de mim, meu coração é um gerador infindo de saudade.
Pergunto ao vento por onde tu andas neste momento, porque faz tempo que ele não me traz o cheiro do teu perfume.
Hoje, quando fecho os olhos, a fim de encontrar-te, não consigo mais sentir o brilho que teus olhos emanam.
A tarde cai e a brisa corre gélida deste lado do universo.
Céus, queria tanto sentir o quente envolver dos teus braços! Aquela sensação devastadora do teu abraço! Sua voz macia recitando em meus ouvidos, como lábios de um anjo que canta salmos de amor.
Sozinho, sinto-me perdido e minha mente faz com que eu vague por veredas anônimas, desesperadamente em tua busca.
Contudo, eu sei, eu sinto que há uma trilha segura, onde ao alvorecer eu hei de beijar o teu rosto molhado pelo sereno de uma manhã qualquer.
Minha vida, tua lembrança mora em cada entardecer.
Vejo tua face na beleza das flores, no canto dos pássaros, nas lágrimas de saudade que correm de meus olhos.
Talvez haja um lugar onde eu possa ser feliz, onde o mundo não seja tão cinza, onde a luz não seja tão pálida, onde o brilho das estrelas não seja tão fosco e onde a vida faça algum sentido.
Ando trocando passos com a tua ausência.
Meu silêncio é repleto de gritos emudecidos, que sufocam o meu espírito.
Quando a chuva cai, cada gota representa uma lembrança diferente que guardo de ti.
Não sei se tu ainda lembras de todos os nossos momentos, mas gostaria que soubesses que ainda me recordo dos nossos corpos envolvidos, do perfume dos teus fios sagrados, do doce sabor que há em teus lábios úmidos, do teu olhar sereno.
Anjo, não sei se tu virás, mas estou a tua espera.
Se tu não apareceres nunca mais, terei de contentar-me que amar é viver recluso na solidão.
E eu não quero viver nessa triste esquife de gelo, que maltratará todos os meus sentimentos.
Em um mergulho mudo dentro do meu ser, eu te procuro e tenho fé que o vento há de levar-me até ti, porque, por mais que meus olhos não mais possam vê-la, minha alma, sedenta de amor e saudade, pode senti-la, absolutamente.
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