O FADO E A ALMA PORTUGUESA
O FADO E A ALMA PORTUGUESA
Toda a poesia - e a canção é uma poesia ajudada - reflecte o que a alma não tem.
Por isso a canção dos povos tristes é alegre e a canção dos povos alegres é triste.
O fado, porém, não é alegre nem triste.
É um episódio de intervalo.
Formou-o a alma portuguesa quando não existia e desejava tudo sem ter força para o desejar.
As almas fortes atribuem tudo ao Destino; só os fracos confiam na vontade própria, porque ela não existe.
O fado é o cansaço da alma forte, o olhar de desprezo de Portugal ao Deus em que creu e também o abandonou.
No fado os Deuses regressam legítimos e longínquos.
É esse o segredo sentido da figura de El-Rei D.
Sebastião.
14-4-1929
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