Estamos vivendo tempos bicudos

Estamos vivendo tempos bicudos, tempos de muita estupidez.
De um lado, o desespero mórbido de uns e do outro a letargia crônica de muitos.
No meio, a crença de que só um milagre nos salvará e nas extremidades o ódio transbordando e nos afastando de um consenso ou de um pacto em torno do qual poderíamos reagir a tudo isso.
Estamos divididos, confusos e ao mesmo tempo cheios de verdades absolutas.
Nessa confusão toda, nessa divisão toda, com todas as nossas verdades e razões, acabamos enganados por um grupo de maus brasileiros instalados em todas as instâncias de poder, agindo a mando de forças que tem interesse em destruir tudo de melhor que nossa história já produziu.
Processos tramitam hoje no Congresso Brasileiro, como o suposto pacote anticrime e a proposta de emenda constitucional que reforma a previdência, bancados pelas forças que arquitetaram a chegada de Bolsonaro ao poder e que lá o sustentam, para ele realizar os seus intentos.
A terceirização de todas as atividades das empresas e as reformas trabalhista e da previdência da maneira que está sendo proposta, mexem em direitos sagrados da classe trabalhadora e acabarão com a CLT e com a aposentadoria dos brasileiros.
Há um conjunto de malefícios bem grandes para serem despejados nas costas dos trabalhadores brasileiros, dentre os quais o fim do décimo terceiro salário, aumento da jornada de trabalho que nos fará regredir cem anos no tempo, assim como a carta branca para assassinar pobres e negros, os sempre suspeitos, assim como o músico Evaldo Rosa, inocente fuzilado pelo Exército Brasileiro.
Pode-se afirmar sem medo que está em curso a destruição do Estado brasileiro.
Esses senhores que colocaram Bolsonaro e Guedes no poder e que os deixaram assim cheios de marra, não querem estado mínimo, eles querem estado ausente, longe das ações que regulam a relação entre capitalistas e trabalhadores, especialmente aquelas ações afirmativas, que num país injusto como o nosso, ajudam a promover o mínimo de justiça social.
Eu sempre defendi a tese de que o estado não deve ser mínimo nem máximo e sim ter o tamanho necessário para regular as ações que o mercado não regula, para não deixar a corda arrebentar sempre do lado mais fraco, o da classe trabalhadora.
Querem destruir um conjunto de leis que garantem direitos sociais, trabalhistas e previdenciários sem um amplo debate nacional, uma conversa séria com a população que será mais prejudicada por essas reformas.
Por isso, nossa sociedade deveria se organizar para mostrar o poder de mobilização do povo brasileiro, para mostrar aos agentes da maldade que eles não irão conseguir seu intento com facilidade.
Eles não irão enfiar goela abaixo do povo suas maldades e o povo ficar feito mané besta, só aceitando sem reagir.
Já tem muita gente revoltada com esse desgoverno que está ai e, dependendo de como essas propostas andarem, o povo brasileiro dará ao seu modo, um basta na situação.
Vamos lá, rapaziada, está na hora da virada.
Vamos dar o troco!

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